sábado, 28 de junho de 2008

Filosofia Política


Introdução

O que se segue é uma análise pessoal baseada em textos científicos sobre a filosofia política. È importante frisar que, para mim, o assunto referido é de extrema importância na vida de qualquer pessoa, já que, a política em geral e em seus múltiplos significados é necessária para entendermos o mundo tal como ele é. A sociedade não pode esquecer que ela é, em grande parte, a principal peça para que a política funcione e que não basta votar em um candidato à presidente, por exemplo, é preciso participar ativamente da vida política.


O que é Política?


Etimologicamente falando a palavra política surgiu na Grécia Antiga e quer dizer: polis = cidade. Pode-se dizer que política são as ações que um indivíduo toma em relação à vida pública ou que é a atitude de governar e decidir quais são os caminhos que a cidade deve seguir.

"A Filosofia Política corresponde ao estudo crítico da natureza, justificação e extensão do estado." Publicada por Vítor João Oliveira (qualia-esob.blogspot.com)

O homem político é aquele que tem o poder de decidir, em prol da sociedade como um todo, ou seja, do interesse comum, qual é o rumo que a mesma tem que seguir. Não se pode esquecer que o poder de opinar nas decisões da cidade é somente de responsabilidade e direito do governante, todos os cidadãos têm direito de participar de toda decisão política.
A política influencia a vida da população de várias maneiras como, por exemplo, nas leis, saúde, educação, alimentos, transportes, segurança etc. É importante ressaltar que toda e qualquer lei é, de certa forma, responsabilidade de quem elegeu o representante, já que, é função do mesmo criar leis.


Concepção Grega de Política


Na Grécia antiga (séc. XII a VIII a.C.) surgem os mitos com Homero que escreveu a Ilíada e a Odisséia e, nessa época, havia a crença de que os deuses interferiam na vida de todos e na natureza. As leis eram também feitas e ditas pelos deuses e repassadas ao povo pelo poeta aedo. Com o passar dos séculos muitas coisas mudaram como o surgimento das pólis (cidade-Estado), da moeda e da escrita. A última possibilitou a criação das leis escritas, surgindo assim a filosofia no século VI a.C. Com a filosofia ocorreu a busca pela racionalidade, ou seja, a procura da verdade sem os mitos que antes ditavam o comportamento grego.
Em decorrência das mudanças surgiram a cidadania e a democracia para se opor ao comportamento aristocrático. O cidadão passa a entender que pode e deve atuar nas decisões políticas da sua cidade, porém, na época, não haviam direitos iguais e somente homens livres e moradores da cidade podiam interferir e opinar nas reuniões políticas que aconteciam na cidade.
A Guerra de Peloponeso culminou na derrota de Atenas para Esparta e a concepção de democracia ateniense acabou e surgiram então os macedônios, com Platão e Aristóteles:

  • Platão era contra a democracia vigente e, em sua opinião, só tinham direito de decidir e atuar politicamente os homens que realmente fossem preparados e entendessem de política.

  • Aristóteles foi discípulo de Platão e criticava os pontos de vista que o mesmo tinha (achava-o muito exagerado), porém achava que nem todos tinham capacidade de governar, por exemplo, artesãos e comerciantes. Aristóteles criou a "divisão das formas de governo – monarquia, aristocracia e república – conforme se refiram ao governo de um só, de um peque grupo ou povo." (Temas de Filosofia 1ªedição pg. 153). Para Aristóteles o importante são a justiça e a "vida boa" (os cidadãos tinham o direito de viver bem e harmoniosamente). Para que isso acontecesse era preciso que as formas de governo sejam éticas, corretas e não se submetam à corrupções. O interessante é que Aristóteles tinha uma forma de pensar futurista, pois, já se preocupava com a boa educação dos jovens para que eles se tornassem bons cidadãos e, até mesmo, bons governantes.
    Para os gregos o modelo ideal de governo é aquele que possui normas e sabe distinguir o bom governo do governo corrompido.



A Política Medieval


Na Idade Média ocorre a busca de passar ao povo a crença de que o rei é um homem que está acima de todos porque ele nasceu abençoado e indicado por Deusa ser seu representante na terra. Todos tinham que ver o rei como um homem bom, justo e acima de qualquer contestação. Nota-se que o poder político está ligado à Igreja, ou seja, o poder espiritual guia o temporal e toda ação deve ser feita com base no cristianismo.
Essa interdependência entre o Rei e a Igreja causou muitos conflitos entre ambos e filósofos passaram a defender a separação dos poderes espiritual e temporal.


A Autonomia da Política


No século XVI, Maquiavel passa a defender a autonomia política sem ligações à preocupações filosóficas e cristãs. Em vez de pensar como os governantes deveriam agir, Maquiavel começou a falar, sinceramente, como os mesmo governavam de fato. Para Maquiavel era impossível governar sem, às vezes, usar a violência e o bom político é aquele que sabe identificar os erros com precisão e acabar com eles de forma eficiente e eficaz. É preciso distinguir que os valores morais não são válidos na vida política, já que, a última se preocupa com a comunidade e não com um só, por isso, às vezes, é necessário agir contrariamente às leis para garantir que a sociedade permaneça em ordem e equilíbrio. A mudança do pensamento político indica que as atitudes não são mais feitas com base na religião.

"É muito mais seguro para um príncipe ser temido do que amado." Maquiavel


O Fortalecimento do Estado


A palavra Estado só surge no Renascimento e na Idade Moderna e significa a posse de um território por parte dos governantes que conduzem a cidade e seus moradores. Com essa nova concepção o governante se torna apto a formular leis, cobrar impostos, criar exércitos etc. conclui-se que somente o Estado pode possuir o poder.
O Estado surgiu das monarquias que buscavam justificar o poder absoluto do rei, mesmo se para isso tiver que usar a violência contra os seus.


Teorias Contratualistas


Mesmo com o surgimento do Estado havia filósofos que defendiam o direito divino dos reis, como Bossuet e alguns que queriam ainda mais a legitimação do poder baseada na racionalidade.
Filósofos como Hobbes, Locke e Rousseau buscam entender o porquê do homem escolher viver em um Estado em vez do seu estado de natureza.
  • Hobbes defende o poder soberano, já que, na sua concepção os homens não conseguem viver em paz sem um poder maior para controlá-los.

  • Locke critica o Absolutismo e criou a separação dos três poderes (Executivo Legislativo e Judiciário). Para ele o fato dos homens terem escolhido um representante não quer dizer que eles não podem questionar e até destituir o mesmo se ele não cumprir ou ferir seus direitos.
"As leis foram feitas para os homens e não os homens para as leis."
John Locke
  • Rousseau defende que o próprio povo é que deve governar e criar as leis, sendo chamada de democracia direta, rejeitando a tradição política da sua época, e que a propriedade privada é uma das causas da desigualdade e pobreza.
"Liberdade é obediência às leis que a pessoa estabeleceu para si própria."
Jean-Jacques Rousseau

sexta-feira, 27 de junho de 2008

Os valores

Para as pessoas, possuir um comportamento moral tem valor. Ter um conteúdo axiológico (axios = valor em grego) significa considerar condutas positivas, boas e também más, negativas (do ponto de vista moral). Quando se fala em valor pensamos não só na justiça, beleza, bondade, mas também na inutilidade, injustiça, entre outros.

O valor econômico:
O termo “valor” deriva da economia e hoje se refere a todos os setores da atividade humana. Para um objeto ter valor de uso, é indispensável que se satisfaça a necessidade humana, sendo natural ou produto do trabalho humano. A mercadoria é um objeto útil que satisfaz a necessidade humana, portanto possui um valor de uso. Quando esses produtos se destinam a trocas, eles adquirem valor duplo: o de troca e o de uso. O valor de uso coloca o objeto em uma relação direta com o homem, o valor de troca surge como propriedade das coisas, sem nenhuma relação com o ser humano. Os valores de uso e troca existem em relação às propriedades naturais do objeto-suporte e ao homem, pois sem ele o objeto não existiria como objeto de valor.

Pode-se concluir que “o valor não é propriedade dos objetos em si, mas propriedade adquirida graças a sua relação com o homem como ser social” (Vazquez. Ética ed. 14).

A Natureza dos Valores:
De acordo com (Bastos, C. R. & Martins, I. G. 1988:12-15) “falar de valores humanos significa, sobretudo, destacar do homem a capacidade de produtor da realidade construída a partir de uma consciência do que valoriza e transmite, realiza e transforma”.

A história da evolução dos seres humanos vem sendo assim desde quando estes surgiram no planeta Terra. Os homens, ao contrário de outros animais, são seres racionais que construíam princípios que ajudavam a distinguir entre o bem e o mal (o que interferia também na busca de ideais e felicidade). Nos primeiros indivíduos (pré-história) essa consciência era menor, mas foi evoluindo e tornou o ser humano cada vez mais capaz de armazenar conhecimento.

Relacionados à cultura, os valores apresentam uma forma de exibição bipolar, comportando-se de acordo com a sociedade: seus componentes positivos e negativos. Dessa forma, compreende-se que os valores humanos associam-se à política da sociedade que os produz, e, com eles, torna-se possível entender a cultura e as organizações.

É possível dizer que os valores humanos surgiram aproximadamente com a espécie humana, mas somente após a criação da escrita e o início da polis, [“Polis é a Cidade, entendida como a comunidade organizada, formada pelos cidadãos (no grego “politikos”), isto é, pelos homens nascidos no solo da Cidade, livres e iguais”. (Convite a Filosofia, capítulo 7, Marilena Chauí, Editora Ática)], com a necessidade de se compreender o ser humano, é que os valores ganham espaço. Os primeiros questionamentos relacionados aos direitos naturais foram feitos por filósofos que indagavam, por exemplo, o que é a vida, a verdade e a justiça.

Na historia da humanidade, os valores têm sido definidos sobre diversas visões filosóficas e antropológicas a respeito de sua formação e determinação. “Descarte, os valores constituem um fenômeno complexo e multifacetado que guarda intrinsecamente todas as esferas da vida humana vinculada a seu mundo social e histórico, à subjetividade das pessoas e ao inter-relacionamento institucional, em que a família se constitui no ambiente primeiro onde os valores têm seu principal apoio” (Corzo, J. R. F: 2001).

Atualmente esta acontecendo uma “crise de valores” onde estes estão se modificando ou estão sendo degradados. Cabe ressaltar que na historia da humanidade sempre houve degradações dos valores, então é necessário conviver com essa ordem natural do homem.

Na historia da filosofia sempre esteve presente à questão dos valores, todavia, somente na contemporaneidade passa a ser estudado detalhadamente com o desenvolvimento da axiologia (Axiologia - Teoria dos valores em geral).

Objetividade e Subjetividade dos Valores:
O conceito de valor é estudado e avaliado em várias áreas do conhecimento. A filosofia descreve o valor como nem totalmente objetivo, nem totalmente subjetivo.
Objetividade dos valores:
Defendido normalmente pelas religiões, esta posição, também defendida por filósofos como Platão (foto), mostra que em todas as épocas, sejam históricas ou culturais, sempre existiram pessoas que tomaram um conjunto de valores como por exemplo à justiça, como ideais a atingir, não os identificando todavia com nada de concreto ou circunstancial. O objetivismo prega que os valores são imutáveis, absolutos e incondicionados e para existirem não precisam se relacionar as coisas reais. Como exemplo pode-se citar os cristãos que se apoiam no Novo Testamento e declaram que valores e normas morais são absolutos (não dependem da sociedade nem das pessoas, e sim da vontade divina).
Subjetividade dos valores:
Defende que os valores mudam ao longo do tempo, dependendo da época, da sociedade e dos indivíduos que a compõe. O valor é subjetivo quando, para existir, necessita de certas vivencias pessoais. Na filosofia muitos defendem essa concepção como os sofistas por exemplo, que afirmavam que a verdade e a moral são convenções que variam de acordo com a sociedade, de individuo para individuo. A falha do subjetivismo relaciona-se ao fato de que esta reduz o valor a pequenas vivencias.
O objetivismo e o subjetivismo não são capazes de definir os valores. Estes não se reduzem às vivências do homem e nem existem independentemente do mundo real. Os valores existem para um ser humano não como mero indivíduo, mas como ser social; exigindo um suporte material, sensível, sem o qual não têm sentido.

Valores Morais e Não Morais:
Valores morais são aqueles que existem exclusivamente em atos humanos, o que tem significado humano pode ser avaliado moralmente. Dessa forma, pode-se denominar moralmente a conduta dos indivíduos e dos grupos sociais, as intenções de seus comportamentos com seus resultados e conseqüências, as atividades, etc. Uma obra de arte, por exemplo, pode ter valor estético, político ou moral. Pode-se julgar uma obra de arte por seu valor estético, religioso ou político, mas é desnecessario reduzir um valor ao outro. Mas, ainda que os valores se juntem num mesmo objeto, não devem ser confundidos. Isso se aplica no caso dos valores morais e não morais. A diferença entre estes é que os valores morais se encarnam apenas em produtos humanos e os valores não morais realizam-se sempre de modo voluntário, consciente.
Bibliografia:

quarta-feira, 25 de junho de 2008

O perfil do líder na atualidade

Ser carismático, valorizar as pessoas, motivar colaboradores, saber ouvir e dar feedback. Essas são apenas algumas das caracteristicas atualmente atribuídas a um bom líder e exigidas pelo mercado profissional. As empresas estão a procura de gestores que coordenem e executem tarefas com total dedicação e paixão pelo que fazem.
O líder é o ponto-chave dentro de uma organização. Ele é o responsável pelo desenvolvimento da equipe. O sucesso de uma empresa depende muitas vezes da atitude do gestor. Uma liderança ruim pode trazer serias consequencias para todos.
Para a professora Maria do Rosário Martins, mestre em Administração ser líder nos dias de hoje é ter a capacidade de unir pessoas, comungar objetivos, amar e respeitar o próximo, é ter ética e nunca perder de vista os valores morais em prol do sucesso.
Fonte: Portal do Administrador

segunda-feira, 23 de junho de 2008

Gestão da Qualidade e Automação dos Processos

Automação de Processos:
Interação entre os elementos do processo e dos recursos humanos com os mecanismos que visam informatizar certos procedimentos e operações.

Conceito de qualidade relacionado à automação de processos:
- Uma visão generalista de adequação ao uso:
Confiança no processo de produção: Associam-se a essa abordagem noções como o empenho para produzir um produto que atenda plenamente as suas especificações, isento de defeitos, sem erros, falhas ou defeitos.

Interação elementar entre o homem e a máquina:
- Andons: São painéis luminosos que indicam a situação da operação, em caso de parada de linha, apontam exatamente qual a área que precisa de assistência.



Desdobramento natural dessa interação:
- Jidoka (Autonomação): Transferência da inteligência humana para equipamentos automatizados de modo a permitir que as máquinas, assim como as pessoas, detectem a produção de uma única peça defeituosa e suspendam imediatamente seu funcionamento enquanto se solicita ajuda.


- Poka-Yoke (à prova de defeitos): Dispositivo ou mecanismo simples instalado na máquina ou no posto de trabalho que faz com que se evite a ocorrência de erros.O que se pretende é o autogerenciamento do trabalho, evitando tanto anormalidades quanto desarmando as situações favoráveis a seu surgimento. É um processo de automação com custos mínimos.
Introdução do computador na linha:
Surgem técnicas abrangentes como:


- CAD (computer aided designer): Projeto assistido por computador;
- CAM (computer aided manufacturing): Manufatura assistida por computador;
- CAE (computer aided engineering): significa o ensaio técnico ou a concepção de engenharia produzidos com o auxílio de um computador;
- CAPP: Planejamento do processo assistido por computador;
- CN (controle numérico): é uma forma de automação programável na qual as ações mecânicas de um equipamento ou da ferramenta de uma máquina são controladas por um programa contendo dados alfanuméricos codificados.
- CNC (computer numerical control): “Máquina operatriz controlada por computador”;
- Os sistemas flexíveis de produção;
- Processos integrados de produção assistidos por computador.
Esquemas mais específicos:
- Controle da qualidade assistido por computador;
- Garantia da qualidade assistido por computador;

Processos computacionais que imitam o homem em sua capacidade de pensar:
- Inteligência artificial: é a ciência ou arte que atribui à máquina características consideradas unicamente humanas.
- Redes Neurais: Faz referência aos neurônios humanos, estruturas responsáveis pela transmissão de respostas à estímulos externos e internos ao corpo.


- Sistemas Especialistas: são atividades específicas controladas por meio do computador.

Bibliografia:
- PALADINI, Edson Pacheco. Gestão da Qualidade – Teoria e Prática. 2 ed. Editora Atlas, SP.
- SANDRONI, Paulo. Novíssimo Dicionário de Economia. Editora Best Seller (São Paulo, 2000).
- http://www.producao.ufrgs.br/

Decorrências da abordagem neoclássica:

Organização Funcional:

A organização funcional é uma estrutura organizacional que aplicou o princípio funcional ou princípio da especialização das funções para cada tarefa. Ele separa, distingue e especializa (germe do staff).

Características da organização funcional:
- Autoridade funcional ou dividida;
- Linhas diretas de comunicação;
- Descentralização das decisões;
- Ênfase na especialização.

Vantagens da organização funcional:
- Proporciona o máximo de especialização nos diversos orgãos ou cargos da organização;
- Permite a melhor supervisão técnica possível;
- Desenvolve comunicações diretas, sem intermediação, mais rápidas e menos sujeitas a distorções de transmissão;
- Separa funções de planejamento e de controle das funções de execução.

Desvantagens da organização funcional:
- Diluição e conseqüente perda de autoridade de comando;
- Subordinação múltipla;
- Tendência à concorrência entre os especialistas;
- Tendência à tensão e conflitos dentro da organização;
- Confusão quanto aos objetivos.

Fonte:
CHIAVENATO, Idalberto. Teoria Geral da Administração.
3 ed. Editora McGraw-Hill, São Paulo.

sábado, 14 de junho de 2008

Blogueiros profissionais

Os blogs arrastam centenas de internautas para a blogosfera e o mundo corporativo também foi seduzido por essa forma de comunicação, que coloca em diálogo direto executivos, funcionários, fornecedores e clientes. o uso dos blogs corporativos é uma tendência no mercado e já existem publicações que dão dicas para quem deseja criar seu próprio espaço virtual. Um deles é o livro Blogs corporativos-modismo ou tendências ? de Carol Terra.
Essa tendência gera uma nova frente de trabalho, entre outras que se criam no mundo das novas tecnologias: a do blogueiro profissional. Cada vez mais, executivos e empresários buscam nesse especialista ajuda para criar uma nova forma de comunicação. De acordo com a escritora, algumas empresas norte-americanas criaram, inclusive, a função de chief executive blogger, algo como um gestor executivo de blogs.
Os blogs corporativos começaram a surgir em 2004, nos Estados Unidos e na França. No Brasil, a ferramenta começou a ser usada por algumas empresas em 2005, mas 2006 foi o ano em que o assunto se tornou mais popular.
Muitos executivos se renderam aos encantos dos diários virtuais. Não existe dados oficiais sobre o numero de blogs corporativos no Brasil, mas um levantamento feito pelo escritor Fábio Cipriani, em seu endereço virtual, indica o crescimento dessa prática na rede: ele tem cadastrado 89 blogs corporativos, subdivididos em categorias: 21 de grandes empresas; 22 de campanhas de marketing;37 de pequenas e médias empresas; e 9 de presidente.
Fonte: Estado de Minas- Folha emprego- domingo, 8 de junho de 2008

domingo, 8 de junho de 2008

CONGRESSO DE RH


A Associação Brasileira de Recursos Humanos em Minas Gerais (ABRH-MG) promove na terça e quarta-feira, em Belo Horizonte, o 12º Congresso Mineiro de Recursos Humanos: A dialética no trabalho – Equilibrando contradições. O vice-governador do estado, Antônio Augusto Anastasia, vai ministrar uma das palestras do evento, que conta também com grandes nomes do RH brasileiro. Debates sobre os temas atuais e questões principais da área também estão na programação, que pode ser conferida no site www.abrhmg.org.br, ou pelo telefone: (31) 3213 1453.

sábado, 7 de junho de 2008

Marca de Sucesso - Google

Uma página em branco com uma marca e um pequeno espaço para uma linha de texto representa hoje o que existe de mais bem sucedido na Internet. O site de busca GOOGLE. Mesmo quem não usa (será que alguém não usa?) a Internet conhece o GOOGLE, sabe que ele é um mecanismo de busca, sabe que basta digitar um termo para procurar assuntos relacionados e de longe conhece o logotipo do serviço. Se Coca-cola é sinônimo de refrigerante ou Gilette é o nome que se dá a qualquer barbeador, podemos dizer que Internet é GOOGLE. Se alguém falar em Internet, vai ter que falar em GOOGLE. Não é exagero nenhum dizer que o GOOGLE já domina o mundo! Afinal um sistema de buscas sabe o que as pessoas gostam, onde elas gostam de ir, o que elas ouvem, comem, bebem e lêem.

A HISTÓRIA

A história começou em 1995 com o surgimento de um sistema chamado BackRub, que recebeu esse nome devido à sua habilidade única de rastrear os links na internet, criado na Universidade de Stanford por dois estudantes de doutorado de ciência da computação: Sergey Brin, um russo de 23 anos e Larry Page, um americano de 24 anos. O BackRub ganhou alguns aperfeiçoamentos e em 1998 a ferramenta foi batizada com o nome de GOOGLE, que ganhava popularidade e consumia a largura de banda de Internet da universidade como um pequeno monstrinho. Enquanto as aranhas, programas de computador que mapeiam a web, trabalhavam, a Internet de toda a universidade simplesmente parava. O projeto deveria ganhar uma nova sede. Os dois estudantes estavam endividados devidos aos gastos com a empresa e precisavam de um investidor. Esse investidor foi Andy Bechtolsheim, um dos fundadores da Sun Microsystems. De Andy, os dois amigos ganharam um cheque no valor de US$ 100 mil. O cheque estava endereçado à Google Inc (que ainda não existia). Larry e Sergey foram obrigados a fundar a empresa no estado da Califórnia. Quando isso aconteceu, a equipe saiu da Universidade de Stanford (mantinham os computadores que rodavam o GOOGLE em seus dormitórios) e foi para a garagem da casa de uma amiga dos fundadores da empresa em Menlo Park. O primeiro empregado contratado, Craig Silverstein, se tornaria mais tarde diretor de tecnologia da empresa. No final do ano, o sistema de busca já respondia a 10.000 requisições por dia. Nesta época, reportagens veiculadas sobre o GOOGLE em jornais como USA Today e Le Monde (França), demonstravam o sucesso que estaria por vir. O GOOGLE ganhou adeptos em toda a rede ao quebrar alguns paradigmas até então adotados pelos sistemas de buscas, como o pioneiro Altavista. Em lugar de apresentar páginas de maneira aleatória, o serviço introduziu o conceito de relevância nas pesquisas dos usuários. Com a ajuda de algoritmos matemáticos e programas de computador que varrem a rede em busca de conteúdo, as respostas são apresentadas pela ordem de importância dentro da Internet. Com o sucesso, em 1999, a empresa, então com 8 funcionários, muda sua sede para cidade de Palo Alto. Em 2000 passou a ser o novo motor de busca do Yahoo!, substituindo o tradicional Inktomi. Já neste ano tornou-se o sistema de busca mais popular segundo pesquisa da StatMarket. Apesar da busca ser a vitrine de negócios, o GOOGLE pode ser visto realmente como uma empresa de mídia, que pretende colocar à disposição dos internautas o conteúdo das maiores bibliotecas do planeta ou os vídeos das principais emissoras de televisão do mundo. O GOOGLE representa uma das maravilhas da computação e não há dúvidas de que é um regente na Internet que não ignora idiomas, sistemas operacionais, culturas, idéias e credos. No GOOGLE há espaço para tudo e para todos. A capacidade de inovar da marca é diretamente proporcional a sua disposição em ganhar dinheiro. Os resultados financeiros são impressionantes.


LINHA DO TEMPO

1999
● Em 21 de setembro, o serviço sai da fase de testes e a palavra “BETA” é removida do logotipo.

2000
● GOOGLE AdWords, um sistema revolucionário de anúncios, que logo gerariam seus primeiros lucros para a empresa.
● GOOGLE Toolbar, a famosa barra de ferramenta do programa para ser instalada no navegador.

2001
● GOOGLE Image Search, serviço de busca de imagens na Internet.
● GOOGLE Zeitgeist, estatísticas a respeito das palavras mais procuradas. O nome tem origem na palavra alemã Zeitgeist (espírito do tempo) referindo aos acontecimentos de determinada época.
● Deja’s Usenet Archive, o maior grupo de discussão da Internet, é comprado e remodelado passando a chamar GOOGLE GROUPS.

2002
● GOOGLE News, serviço que permite a busca de notícias na Internet. Este serviço está revolucionando o mercado de notícias, deixando seus usuários bem mais informados e também fornecendo ao GOOGLE tudo o que as pessoas gostam de ler, quais as empresas ou pessoas que geram mais notícias e quais os assuntos que ganham mais destaque na mídia.
● Froogle, serviço que permite fazer buscas por determinado produto ou fazer comparações de preços.
● GOOGLE Labs, o site da empresa para apresentação de novas tecnologias ou serviços que estão sendo desenvolvidos pelo GOOGLE.

2003
● GOOGLE ADSense, sistema que permitia aos webmasters obter fundos por meio de anúncios de texto. A busca também foi incrementada. De acordo com a palavra-chave digitada, a tradicional caixa de texto do GOOGLE já era capaz de rastrear vôos em aeroportos, realizar operações matemáticas e muito mais.
● BLOGGER, serviço que oferece ferramentas e hospedagem para a criação de diários eletrônicos é adquirido.

2004
● Gmail (abreviação de GLOOGLE MAIL), serviço de correio eletrônico que provocou uma revolução na Internet, ao oferecer 1 Gigabyte de espaço aos usuários gratuitamente. Atualmente conta com mais de 55 milhões de contas de E-mail, oferecendo 2.8 Gigabyte de capacidade.
● GOOGLE SMS, permitindo que usuários realizem buscas diretamente de seus celulares.
● GOOGLE Desktop Search, um pequeno utilitário para realização de buscas rápidas no computador.
● GOOGLE Earth, navegador que localize países, cidades e até ruas usando fotos de satélite de alta resolução.
● GOOGLE Print (agora conhecido como GOOGLE BOOK), primeiro mecanismo de busca de livros digitalizados através do conteúdo de bibliotecas e editoras. De acordo com o New York Times, hoje o sistema digitaliza 3.000 livros por dia.
● PICASA, serviço voltado para o gerenciamento e organização de imagens é adquirido.
● Ajuda na criação do ORKUT, uma rede social filiada ao próprio GOOGLE, criada com o objetivo de ajudar seus membros a criar novas amizades e manter relacionamentos. Atualmente o serviço conta com mais de 40 milhões de usuários.

2005
● My Search History, capaz de manter um histórico dos últimos termos pesquisados pelo usuário.
● GOOGLE Web Accelerator, software para acelerar a navegação na Internet.
● GOOGLE Talk, um comunicador de mensagens instantâneas e de VoIP bastante simples e eficiente.

2006
● GOOGLE Video Player, loja de vídeo criada pela empresa. Através dela, produtores de vídeo passam a definir preços e licenças de uso para o conteúdo.
● GOOGLE Calendar, serviço de agenda on-line que pode ser compartilhado.
● GOOGLE Finance, serviço de informações financeiras e econômicas.
● YOUTUBE, site que permite aos seus usuários carregarem, assistem e compartilharem vídeos em formato digital, adquirido por US$ 1.6 bilhões.
● JotSpot, empresa especializada na criação de páginas web feitas por muitos internautas e mais conhecidos como wikis, é adquirido pelo GOOGLE.
● Aquisição do FEEDBURNER (maior sistema gerenciador de feeds RSS do mundo) por US$ 100 milhões. Mais de 50 milhões pessoas usam diariamente os serviços do sistema. A compra mostra como os feeds estão se tornando parte importante da distribuição de conteúdo na Internet.
O NOME GOOGLE é um trocadilho com a palavra “googol”, que foi inventada por Milton Sirotta, sobrinho do matemático americano Edward Kasner, para designar o número representado por 1 seguido de 100 zeros. O uso do termo GOOGLE refletia a missão da empresa de organizar o enorme montante de informações disponíveis na internet e no mundo. A missão do GOOGLE era oferecer a melhor opção de busca na Internet tornando as informações mundiais mais acessíveis e úteis.

A SEDE

A sede da empresa, desde junho de 1999, é conhecida e chamada de GOOGLEPLEX. Localizado em Mountain View, na Califórnia, seu nome é a junção da palavra GOOGLE e COMPLEX (complexo). Porém a uma outra explicação: Googleplex é nome que designa o número 10 elevado ao googol. Trabalhar nesta sede é completamente diferente de trabalhar em qualquer outra. Os funcionários podem utilizar a piscina a qualquer hora do dia ou da noite, e há até um salva-vidas. E não é só isso. Há mesas de sinuca, videogames, cabeleireiros, playground para seus filhos, um campo de areia para jogar vôlei e locomoção por patinete. Os funcionários do complexo contam ainda com massagistas e podem levar até cachorros para o local de trabalho. Perto do local do coffee break há espaço nas paredes para quem tiver alguma idéia e for desenvolvê-la, ou simplesmente anotá-la para não esquecer. Cada novo funcionário que começa a trabalhar no complexo é chamado de Noogler. Depois de pagar aluguel muitos anos, a empresa resolveu comprá-la em definitivo da Silicon Graphics por US$ 319 milhões em 2006.

POR QUE TANTO SUCESSO?

A marca GOOGLE é uma empresa de Internet muito, muito especial. Cresceu quando a bolha das empresas on-line estava murchando. Na primeira olhada, graficamente, a sua página não empolga. Não há cores berrantes e bonecos falantes. O GOOGLE é um sucesso de público e crítica, e seu charme está exatamente naquilo que não se encontra hoje no mundo virtual: simplicidade e objetividade. Nada é paradoxalmente tão simples e sofisticado como o serviço de buscas GOOGLE. Por trás da aparência simplista da interface se esconde um arsenal de tecnologia, como o sistema PageRank. Trata-se de um mecanismo que classifica os sites de acordo com a quantidade de links externos que apontam para ele. Em outras palavras, quanto mais links um site tiver em outros, maior é seu grau de importância no GOOGLE.
Uma marca poderosaA pesquisa da Interbrand, do grupo Omnicom, apontou o serviço de busca GOOGLE como ‘Marca do Ano’ em 2002 superando lendárias concorrentes como Coca-Cola, GE e Apple. Mais uma vez era a Internet mostrando sua força, e olha que a marca não faz propaganda nenhuma de seus serviços ou de sua marca. Em 2006 a marca foi apontada como a mais influente do mundo.

VERBO GOOGLAR
O verbo googlar (ou guglar), inspirado no inglês to google, é um neologismo que significa executar uma pesquisa na Internet pelo motor de busca GOOGLE. A nova palavra é uma evidência clara da grande popularidade atingida pelo GOOGLE. A Sociedade Americana de Dialetos escolheu o verbo to google como a palavra mais útil de 2002.

LOGOTIPOS COMEMORATIVOS
O GOOGLE possui inúmeros logotipos comemorativos (chamados de GOOGLE DOODLES, que são os desenhos feitos sobre, ou usando como base o logotipo do GOOGLE) referentes a datas e acontecimentos importantes como o Dia dos Pais, Dia das Mães, Dia de Ações de Graça, Natal, Ano Novo, 4th July (comemoração da independência americana), entre outros. Dennis Hwang, um designer americano de origem oriental que trabalha como webmaster para o GOOGLE desde 2000, é o dosenhista responsável por produzir estes doodles. A coleção completa por ser encontrada no endereço http://www.google.com/intl/en/holidaylogos.html



O VALOR
Segundo a consultoria britânica Interbrand, somente a marca GOOGLE está avaliada em US$ 17.83 bilhões, ocupando a posição de número 20 no ranking das marcas mais valiosas do mundo, além de ocupar a posição de número 1 no ranking das marca mais influentes do mundo. A empresa também ocupa a posição de número 241 no ranking da revista FORTUNE 500 (empresas de maior faturamento no mercado americano).

A MARCA NO MUNDO
Ou melhor, o mundo no GOOGLE. O grau de dependência do mundo em relação ao GOOGLE pode ser medido em números: mais de 500 milhões de internautas acessam sua página mensalmente; responde a mais de 150 milhões de consultas por dia; maior site de buscas do planeta com 1.4 bilhões de pesquisas diariamente; proprietário de fenômenos como Orkut, Blogger e Youtube; emprega quase 17.000 pessoas; possui subsidiárias em 37 países e seu site é traduzido para 116 idiomas; oferece 40 produtos e serviços; contrata 16 novos funcionários por dia; além de faturar US$ 16.5 bilhões e ser o 2º site mais visitado da Internet.

VOCÊ SABIA?
● Nos computadores do GOOGLE estão indexadas mais de 25 bilhões de páginas para consultas e pesquisas.
● US$ 172.6 bilhões é o seu valor de mercado na bolsa, mais que Oracle, Time Warner e Coca-Cola.

(Texto adaptado retirado de http://mundodasmarcas.blogspot.com/2006_05_01_mundodasmarcas_archive.html)

O Sistema Toyota de Produção


O Sistema Toyota de Produção surgiu no Japão, na fábrica de automóveis Toyota, logo após a Segunda Guerra Mundial. Nesta época a indústria japonesa tinha uma produtividade muito baixa e uma enorme falta de recursos, o que naturalmente a impedia adotar o modelo da Produção em massa.
A criação do sistema se deve a três pessoas: O fundador da
Toyota e mestre de invenções, Toyoda Sakichi, seu filho Toyoda Kiichiro e o principal executivo o engenheiro Taiichi Ohno. O sistema objetiva aumentar a eficiência da produção pela eliminação contínua de desperdícios.
O sistema de
Produção em massa desenvolvido por Frederick Taylor e Henry Ford no início do século XX, predominou no mundo até a década de 90. Procurava reduzir os custos unitários dos produtos através da produção em larga escala, especialização e divisão do trabalho. Entretanto este sistema tinha que operar com estoques e lotes de produção elevados. No início não havia grande preocupação com a qualidade do produto.
Já no Sistema Toyota de Produção os lotes de produção são pequenos, permitindo uma maior variedade de produtos. Exemplo: em vez de produzir um lote de 50 sedans brancos, produz-se 10 lotes com 5 veículos cada, com cores e modelos variados. Os trabalhadores são multifuncionais, ou seja, desenvolvem mais do que uma única tarefa e operam mais que uma única máquina. No Sistema Toyota de Produção a preocupação com a qualidade do produto é extrema. Foram desenvolvidas diversas técnicas simples mas extremamente eficientes para proporcionar os resultados esperados, como o
Kanban e o Poka-Yoke.
A base de sustentação do Sistema Toyota de Produção é a absoluta eliminação do desperdício e os dois pilares necessários à sustentação é o
Just-in-time e a Autonomação.
Os 7 desperdícios que o sistema visa eliminar:
- Superprodução, a maior fonte de desperdício.
- Tempo de espera, refere-se a materiais que aguardam em filas para serem processados.
- Transporte, nunca geram valor agregado no produto.
- Processamento, algumas operações de um processo poderiam nem existir.
- Estoque, sua redução ocorrerá através de sua causa raiz.
- Movimentação

- Defeitos, produzir produtos defeituosos significa desperdiçar materiais, mão-de-obra, movimentação de materiais defeituosos e outros.
O Sistema Toyota de Produção vem sendo implantado em várias empresas no mundo todo, porém nem sempre com grande sucesso. A dificuldade reside no aspecto cultural. Toda uma herança histórica e filosófica conferem uma singularidade ao modelo japonês.
Segundo matéria na
Newsweek International, em 2005, a Toyota Motors Company obteve lucros recordes de US$ 11 bilhões, que ultrapassa os ganhos da GM, Ford e DaimlerChrysler juntas.
Em 2007 a Toyota tornou-se a maior empresa automobilística do mundo, fato que só era previsto para 2008.


domingo, 1 de junho de 2008

O Verdadeiro Desafio da Sustentabilidade



No mundo, são 4 bilhões de pessoas com renda mensal média de R$250, contra 800 milhões de pessoas com renda mensal média de R$2.500. Esses dados demonstram o maior desafio da sustentabilidade do momento atual: como abastecer a maior parte da sociedade – aquela que não possui renda suficiente – obter lucro, sem gerar grande desperdício e impacto ao meio ambiente?
Um exemplo comum que explica bem esse cenário é o de uma indústria de produtos de higiene pessoal. A empresa criou uma solução para atender a demanda das classes mais pobres, produzindo xampu em sache a um preço acessível para pessoas de baixa renda. “De fato, as vendas aconteceram e a empresa lucrou. Porém, o impacto no meio-ambiente foi muito grande, já que as embalagens dos saches passaram a ser despejadas com muito mais freqüência e em grande quantidade, e na maioria dos casos de forma irregular”, explica Andrea Goldschmidt, sócia da consultoria Apoena Social, especializada em soluções de Responsabilidade Social para empresas e Professora da ESPM.
Ou seja, no tripé da sustentabilidade: área social, econômica e meio-ambiente, a solução exemplificada acima atendeu somente o setor social, fornecendo um produto de higiene que fosse acessível ao bolso da maior parte da população; e o setor financeiro, já que trouxe lucro à indústria. Mas, o meio-ambiente ficou de fora da equação.
O papel do governo e principalmente das empresas é fundamental para chegar a uma solução viável. Num caso como esse, é deles que devem partir pesquisas e investimento para criação de materiais e produtos biodegradáveis, sem gerar aumento no preço final, de forma a atingir as classes D e E.
“Cada vez mais, essas classes formam a grande massa consumidora. Não faz sentido o empresário não olhar para esse nicho do mercado. Será necessário abastecer essa camada da sociedade, mas é imprescindível que o meio ambiente não pague um preço alto por isso”, diz Andrea.
“O desafio atual é conseguir equacionar de forma equilibrada esses três interesses. Por isso, na consultoria, sentimos cada vez mais o aumento da preocupação das empresas em buscar ações de Responsabilidade Social casadas com seu negócio. Soluções que levem em conta a necessidade de ter lucro, de atender às demandas e necessidades da sociedade e, ao mesmo tempo, diminuir os impactos ambientais da operação. Esse é o caminho dos negócios do futuro. Não é impossível. Mas é preciso comprometimento”.


(Texto de Flöter&Schauff, retirado do site administradores.com.br)

ADMINISTRAÇÃO COMPLEXA: REVENDO AS BASES CIENTÍFICAS DA ADMINISTRAÇÃO

MÁRCIA ESTEVES AGOSTINHO
Doutora em Engenharia de Produção pela COPPE/UFRJ.

Este artigo aponta a Teoria da Complexidade como uma nova base conceitual capaz de readequar a prática administrativa ao ambiente organizacional contemporâneo. Neste sentido, é apresentada a "Administração Complexa" - uma abordagem gerencial que leva para o universo das organizações os conhecimentos oriundos desta nova ciência. Com base no funcionamento dos chamados "sistemas complexos adaptativos", são estabelecidos quatro conceitos-chave: autonomia, cooperação, agregação e auto-organização. Estes são sugeridos como os princípios da "Administração Complexa". Com o objetivo de demonstrar a abordagem, é apresentado um estudo de caso realizado em uma organização industrial brasileira, a qual desenvolveu um sistema de gestão autônoma em uma de suas fábricas. Tal sistema ilustra o novo papel da administração que, ao deixar de se concentrar na prescrição e no controle, passa à tarefa de promover as condições para que desempenhos superiores possam surgir da atuação de indivíduos autônomos.
Palavras-Chave: Complexidade, administração, autonomia, cooperação, auto-organização.

Fonte: http://www.rae.com.br/